sábado, 18 de setembro de 2010

Não se vá

(Música e letra – Thiago Pethit)
Voz – Thiago Pethit
Piano – Marcelo Jeneci
Cello – Ana Elisa Colomar
Percussão – Naná Rizinni
Espero que você não se vá
Se eu não tiver nada mais para te contar
Não sei dizer, quem dirá?
Talvez numa segunda fria
Ou num domingo de sol pela manhã
É triste sim, eu sei
Duas pessoas em silêncio
Sempre dão tanto o que falar
Então me espere na terça
Ou depois de amanhã
Quem sabe?
Na quinta ou sexta, no mais tardar
Eu direi
Não se vá

Ouça:

O SER ESTÉTICO

           Estética. Pensar estética é sem duvida pensar em um tabuleiro onde as casas pretas e brancas se estabelecem em harmonia enquanto as peças se movimentam e criam novos aspectos, novos olhares, novas interações. Interações. O principal fator de mudança de definições são as interações humanas, a capacidade que temos de influenciar e sermos influenciados pelo outro. Durkheim afirmava que nossas relações sociais formam nossas personalidades e o que nos diferencia é nossa individualidade. Até onde nós nos definimos então?
       A estética da comunicação, nesse aspecto, analisa as resultantes das misturas étnicas, econômicas e sociais. Vê o ‘Ser’ como um ente relacional, resultante das relações humanas que formam seu contexto de vida. Comparativamente podemos dizer que as novas tendências, que surgem todos os dias, como a camiseta com gola em “V” ou a calça skinny, promovidas pela mídia e a partir de então absorvida pelo espectador que assiste sozinho à novela, mas que decide seguir essa nova normativa como se levado por uma influência relacional com o outro. Como na tentativa de atender uma necessidade relacional inerente ao ser humano, acreditando assim que a igualdade estética faria está aproximação.
         O estudo da estética surgiu a fim de analisar as constâncias relacionais entre mídia e ‘Ser’, e as influências de um para com o outro. Teóricos da comunicação sugerem que o meio criado pelo homem para entreter, informar, “educar”, etc. se um desenvolvedor dos ‘Seres’ que dantes os criaram. Na atualidade a influencia de mídia como a TV e tão forte na vida dos indivíduos componentes da sociedade que já se tornou comum no bate-papo familiar o principal assunto ser o capitulo final da novela. Usamos as roupas que os artistas usam na TV, compramos o celular, o carro do ano, a casa igual de um ou outro ator. Seguimos a risca o manual de instruções midiático que um dia por nós foi criado e agora cria nossos gostos, nossas vontades, nossos desejos mais profundos.
         Vivemos no regime ditatorial da mídia desenvolvida por nós. Somos os ‘Seres’ individuais que preferem abrir mal de sua singularidade para seguir tendências coletivas, mas homogeneizadora. Repito novamente é função da estética da comunicação, como teoria sólida e consistente, estudar e analisar essas relações que nos conectam de forma tão massificante e perturbadora a ponto de abandonarmos nosso ‘Ser’ individual, singular e único para viver a personalidade que nos mostram na “TV” (mídia).