sexta-feira, 7 de maio de 2010

Alice No País das Maravilhas


Acabei de assistir Alice no país das Maravilhas, em sua versão 3D. Infelizmente. Foi transmitido que o filme excederia expectativas. Pra ser sincero, nem chegou perto do que eu esperava, tanto de Burton, quanto de Deep, quanto das possibilidades de se usar a tecnologia 3D. 

Burton

O diretor consagrado pelos seus filmes de ressonância magnética nas telonas seguiu em Alice a mesma linha de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, mostrando que remontagens não são seu forte. Contudo, Tim Burton é Tim Burton, insuperável, uma revolução cinematográfica em chocolates e semelhantemente, seguindo sua linha, em Alice sem dúvida. 

Deep

 

Por outro lado Johnny Deep (Chapeleiro Maluco) deixou a desejar. Com um misto de Jack Sparrow e Willy Wonka, a personagem de Deep não surpreendeu, pelo contrario, talvez pela péssima dicção do dublador, teve momentos em que mal se entendia as palavras. Porém, a exemplo de Burton, Johnny Deep é Johnny Deep, ele pode, mas sem excessos, por favor.

Diferentemente da atuação esplêndida em “Sweeney Todd: o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” , Deep não inovou como faz em todos os seus papeis, mesmo na trilogia Piratas no Caribe, quando, pra quem tem bons olhos, o Sparrow do segundo filme pareceu não refletir a mesma imagem de pirata nem o mesmo modo de pensar que o do “Fim do Mundo”.

Apesar de tudo, Deep se deu bem, e Alice se tornou mais uma parceria entre o diretor e o ator que marcou a história do cinema com o fortalecimento nas disputas por bilheterias recordistas.  Então que venham os próximos.

 

Erros

O maior erro que o filme traz é o de continuidade. A personagem principal, Alice, interpretada por Mia Wasikowska, aparece em sua carruagem a caminho de sua festa de noivado vestindo meias listradas horizontalmente  nos  tons preto e branco, e com sua calçola na altura dos joelhos, quando retorna do Mundo Subterrâneo e executa o passo maluco, está de meias brancas e calçolas abaixo do joelho. Algo sutil e até imperceptível para alguns, porém um erro.

Resumindo

Em suma, a nova versão de Alice no país das maravilhas revolucionou o cinema e abriu precedentes para que novas “historinhas” Disney se tornem sucessos cinematográficos.  Fica o pedido de um simples e fiel espectador dos cinemas, além de fã assíduo de Deep e Burton e suas parcerias, por favor, se irão utilizar de efeitos tecnológicos como o 3D, façam a diferença, tornem sutilizas de pano de fundo das cenas em efeitos que saltem aos olhos e eu garanto: os recordes a serem batidos serão imprescindíveis.
Vale muito a pena assistir. Filmes como esse mostram o potencial criativo e de elaboração de roteiros completos, que em certos casos, como em Alice, dão até a impressão de serem continuidades de suas obras escritas.
Nota 3 em 5. 



Ahhh! Não posso me esquecer. A cantora pop, ou sei lá como classificá-la, Avril Lavigne, teve a sua pontinha e merece destaque por fazer mais uma música misturando rock, pop, emocore, e outros estilos, mas que esteve, pelo menos, animando, ou não, a saída de todos do cinema, sendo trilha dos créditos finais. Ehhh! Vamo, que vamo!